Estou retomando a partir de maio deste ano as aulas de patchwork e quilting à mão em Novo Hamburgo, às terças e quintas-feiras, para quem quiser aprender a fazê-los. Serão aulas ministradas com muito carinho e amizade, sempre com o tradicional chazinho ( chimarrão para quem preferir não faltará ) e aquele papo entre comadres.
Para tanto, visto que são aulas para aquelas amigas que adoram artesanato, mas que ainda não conhecem as técnicas do patch, é importante lembrarmos alguma coisa básica da história do patchwork e do quilting, começando com a sua tradução literal, segundo a Wikipédia, em que patchwork é " trabalho com retalhos ". É uma técnica que une tecidos com uma infinidade de formatos variados. O patchwork é a parte superior ou topo do trabalho; já o trabalho completo é o acolchoado, formado pelo topo, mais a manta acrílica ou de algodão e o tecido de fundo ( backing ), tudo preso por uma técnica conhecida como quilting.
Patchwork Tradicional: é aquele em que existem regras e modelos a serem respeitados; além disso, normalmente se utilizam tons terrosos e sóbrios.
Patchwork Moderno: um movimento que surgiu em 1998, no exterior, e vem crescendo cada vez mais. Nele predominam as cores vivas e os fundos lisos ( chamados espaços negativos ); essa técnica também dá liberdade para que o artesão possa montar seu próprio bloco.
Existem registros de que o homem faz acolchoados desde que aprendeu a tecer. No século IX a.C. os faraós já usavam roupas com técnicas similares. Existe uma versão de que esta técnica foi levada por comerciantes para o Oriente, depois para a Alemanha e então para a Inglaterra, por volta do século XVI, época de Henrique VIII.
Em meados do século XVII a arte de quiltar chegou aos Estados Unidos e ao Canadá. Trazida pelos colonizadores, era comum ver-se colchas feitas de lã ou linho, muitas vezes permitindo o aproveitamento de retalhos, já que tecidos eram preciosos naquele tempo, assim como agulhas e linhas, que eram passadas de mãe para filha.
Em 1800 surgiram os Nine Patch ( nove retalhos ) e Grandmother's Basket ( cesta da vovó ).
Em 1851, a invenção da máquina de costura caseira foi patenteada, o que trouxe muitas novidades para as tecelãs. Com isso apareceram mais blocos, como o Dresden Plate, o Texas Star, o Bear's Paw, o Schollhouse e muito mais.
A grande depressão dos Estados Unidos, entre 1929 e 1939 motivou novamente o aproveitamento total de tecidos e nesta época nasceu a bonequinha Sunbonnet Sue.
A revolução da libertação da mulher a partir da Segunda Guerra Mundial desvalorizou um pouco a tradição do patchwork, mas em 1979 a empresa Olfa lançou cortadores circulares para agilizar e facilitar o corte de tecido, o que revolucionou o mundo do patch.
Desde então houve o crescimento do interesse por essa arte. Hoje encontram-se quiltadeiras no mundo inteiro, incluindo o Brasil ( onde vem crescendo muito rápido ), o Japão ( berço de verdadeiras obras de arte em tecido ), Canadá, Austrália, Alemanha e muitos outros.
A cor é o elemento que mais chama a atenção em uma peça de patchwork. O conhecimento da cor é uma boa base para obtenção de ótimos resultados. Saber combinar as cores e os tons e conseguir uma boa harmonia entre eles, é um grande passo para quem deseja fazer um bom trabalho de patchwork.
Bem, isso basta para sabermos sobre o patch. Claro que houve mais alguns acontecimentos ao longo da história que acabaram por consolidar estas técnicas, mas o básico já está de bom tamanho.
Então, se você é de Novo Hamburgo, está interessada em aprender e ainda não criou coragem, venha para nossa aula.
Abraço.
Karla
KARLA LINDOS SEUS TRABALHOS
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