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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Delicias de Inverno

Olá Amiga
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     Só para variar eu sempre atrasada. kkkkkkk. A Primavera já iniciou e eu com receitas de inverno. Mas a vida tem sido corrida, muito pouco tempo pra tudo que tem que ser feito. Minha hortinha estaria abandonada se não fosse a Dona Alaides. A página do Facebook Karla Knorr Arte Feita à Mão já saiu, embora ainda tenha que ser incrementada, O site da LEK Consultoria em Gestão Empresarial também. Afinal, nos dias de hoje nós precisamos ser multifuncionais. Mas dá uma cansadinha de vez em quando. Não consegui nem ir ao Festival de Gramado! Esta semana só quero saber da minha casa e das minhas artes manuais, comidinhas, horta e gatinhas.

     Bom, vou atualizando as novidade a partir de agora, prometo.E vou começar com uma chimia ( doce gaúcho que carrega memória afetiva e muito gosto de frutas ) de laranjinha kinkan. Mas para quem me conhece, sabe que nada acontece de graça, assim sem mais nem menos. Fui visitar um sítio que o meu pai tem no interior, onde ele nasceu e lá ainda tem muitas laranjeiras e bergamoteiras. Leite de vaca, mandioca, pão feito em forno à lenha e essas coisas horrorosas também!

     Eu adoro colher frutas no pé, sem agrotóxicos e com aquele gostinho de campo. E lá fui eu. Me atraquei nas laranjeiras e nas bergamoteiras. E descobri um pé de kinkan, aquela laranjinha pequenina, meio azedinha, meio amarguinha que  quase ninguém gosta. Foi plantada por acaso, no meio das outas laranjas de suco. E estava divina! Carregada! Linda!.

     Minha mãe já havia colhido duas sacolas de laranjas para doce ( que por sinal ela sabe fazer como ninguém ) e não queria mais trazer as kinkans. Eu trouxe, embora nunca tenha feito nada com elas. Mas elas estavam lá, pedindo para eu colhê-las!
     
    Enfim, trouxe algumas para uma amiga que as adora e o restante decidi fazer uma chimia.
         
     Bem, como eu adoro livros, lá fui eu procurar a receita na internet e confesso que não ficou muito boa. Ficou muito amarga para o meu gosto, mas como havia separado metade para uma segunda tentativa, afinal, nada fica bom sem prática, resolvi fazer como achava que iria dar certo. E desta vez, já com uma primeira tentativa fracassada, ficou muito bom.

      Só lembre que a kinkan sempre mantém um leve amarguinho no fundo. Faz parte desta fruta.

Receita:

1. Lave bem as frutinhas em água corrente com uma escovinha. Pode deixar de molho 1 hora em água com vinagre.

2. Ferva 15 vezes as laranjinhas somente com água. Deixe ferver uns 5 minutos, escorra, acrescente água fria novamente e ferva.

3. Corte as kinkans ao meio e remova todas as sementes; elas acentuam o amargor.

4. Coloque-as novamente na panela com água e açúcar, entre 1 a 2 xícaras, dependendo do seu gosto para doçura. Eu prefiro somente uma.

5. Deixe ferver e engrossar a calda e vá mexendo sempre para não queimar no fundo. 

6. Quando a calda já tiver um pouco reduzida, amasse as frutas com o auxílio de um mixer. Eu gosto que restem alguns pequenos pedaços de fruta, mas se você quiser pode amassar até virar uma pasta.

7. Reduza a massa de frutas até a consistência do doce que você quiser. Se ficar mais molinha é chimia, se ficar mais consistente vira doce em barra.

     A chimia mais em pasta pode ser passada em um pão caseiro fresquinho, em cima da nata, o que já me deu água na boca, em cima de uma fatia de queijo meio cura, acompanhando uma carne de porco assada ou ainda como doce em um potinho.

     Vai por mim. Vale a pena. Aproveite sua chimia gaúcha!

     Se você tiver alguma receita caseira do tempo da sua avó que quiser compartilhar, manda para cá que eu publico.

     Abraço!

     Karla Knorr


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